Quarta, 06 de dezembro de 2017
Em sua avaliação o mercado tem mostrado sinais de reação, embora ainda não homogênea, ou seja, ainda não ocorre em todos os setores e segmentos. “Mas, na média, o resultado é positivo. Devemos crescer 20% este ano e esperamos para 2018, no mínimo, crescer outros 20%”, informa.
Um dos motivos do otimismo de Lerner se deve ao fato de ter notado - desde o final do primeiro semestre - o retorno das pequenas e médias indústrias ao mercado, participando de eventos, fazendo consultas. De acordo com o diretor, mesmo nos períodos mais críticos da crise, as grandes indústrias continuaram comprando, ainda que basicamente para reposição. “Mas os pequenos e médios haviam sumido do mercado e estão retornando, demonstrando interesse em investir”.
Outro detalhe importante, segundo o diretor, é o salto no número de consultas, especificamente na Divisão Bener High Tech (que reúne as marcas de maior conteúdo tecnológico representadas pelo grupo, como Makino, Hyundai, Tornos, Akira Seiki, entre outras). “O aumento no número de consultas na Divisão High Tech supera os 100%”, diz, acrescentando que cada vez mais os clientes estão buscando uma solução para suas necessidades. “Nos procuram com um problema. Menos preocupados com o equipamento em si e mais com a solução como um todo, que ofereça redução de custos, de tempo, economia de energia, pensando em aumento da produtividade”.
Para o diretor da Bener, diante desse cenário, as previsões para 2018 poderiam ser ainda mais otimistas, mas o fato de haver uma eleição presidencial no próximo afeta o ímpeto dos empresários em relação a novos investimentos. “Esta é uma eleição muito importante e o cenário político ainda está muito indefinido. Quando a corrida eleitoral estiver melhor definida, será possível uma melhor avaliação... Mas acredito que o cenário será mais favorável para a retomada do desenvolvimento do País”.