Quarta, 14 de novembro de 2018
De acordo com a empresa, a nova geração do SUV começará a ser fabricada já no próximo mês de dezembro. Já a produção do sedã está programada para começar só no segundo semestre de 2019. Até lá, o Série 3, um dos mais recentes lançamentos da BMW mundial (a sua nova geração foi apresentada apenas no mês passado, no Salão de Paris), chegará ao Brasil importado da Alemanha.
Inaugurada em 2014, a fábrica da BMW de Santa Catarina tem capacidade para produzir 30 mil veículos por ano, mas vem produzindo bem menos do que isto. Em 2018, a fábrica deverá produzir 10 mil unidades, diante de 15 mil em 2017 - volume este só atingido, porém, devido a uma grande encomenda dos Estados Unidos.
Atualmente, a fábrica produz, além das versões antigas do X4 e do Série 3 - que serão descontinuadas - os modelos X1 e X3. No ano passado, o grupo já havia abandonado a produção local do Mini Countryman.
O presidente da BMW do Brasil, Helder Boavida, vê como uma grande vitória a aprovação do novo investimento da companhia no Brasil. “Na verdade, quase chegamos a perder a produção do Série 3, mas a confiança no mercado brasileiro acabou prevalecendo”, conta. “E o Brasil, afinal, também começa a sair da recessão”.
A BMW brasileira já tinha perdido um projeto para outra filial do grupo, mas por uma razão conjuntural - o atraso na aprovação da nova política industrial do setor, o Rota 2030. “O atraso do programa, que deveria ter sido iniciado no ano passado, teve custos, sim, para nossa operação no Brasil”, reconhece Boavida.
A Câmara dos Deputados, de qualquer forma, aprovou na última quarta-feira, 7, a medida provisória que criou oficialmente o Rota 2030, com o texto devendo seguir agora para o Senado.
O programa estipula regras que as montadoras deverão seguir para melhorar a eficiência energética e a segurança. Os fabricantes também poderão obter descontos em tributos se realizarem no Brasil investimentos em projetos de pesquisa e inovação.